Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Até sábado (10), representantes de agências sanitárias de
cinco países, da indústria farmacêutica e de secretarias de Saúde de
diversos estados brasileiros se reúnem em Brasília para o 9º Encontro
Internacional de Farmacovigilância das Américas. O objetivo é fortalecer
o trabalho na região.
O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa), Dirceu Barbano, lembrou que este é o primeiro ano em que o
encontro é sediado no Brasil. As últimas edições da reunião, que ocorre a
cada dois anos, foram realizadas na Colômbia.
“Isso impõe uma responsabilidade muito grande a nós brasileiros
porque precisamos fazer com que o encontro tenha, no mínimo, a mesma
capacidade de agregar e de acolher que os anteriores tiveram”, avaliou
Barbano.
Durante o evento, ele elogiou os níveis de aproximação, cooperação e
fortalecimento de cada uma das agências sanitárias presentes na região
(no Brasil, na Colômbia, Argentina, no México e em Cuba). Segundo ele,
elas se reúnem duas vezes ao ano em parceria com a Organização
Pan-Americana da Saúde (Opas).
“Este é um exemplo muito claro de que é possível haver uma
aproximação pautada no reconhecimento das capacidades locais, em um
ambiente inclusivo e de solidariedade, na busca de fazer com que
alcancemos níveis de segurança sanitária mais apropriados”, explicou.
De acordo com o diretor-presidente da Anvisa, é preciso compreender
que a segurança sanitária não deve mais ser construída apenas dentro das
fronteiras de cada país. Barbano lembrou que, em um mundo globalizado,
um medicamento pode ser desenvolvido em um país, ter sua pesquisa
clínica realizada em outro, ser produzido em um terceiro, embalado em um
quarto e comercializado em diversas nações.
“Estabelecer níveis de segurança em uma realidade de cadeias
complexas e dispersas como essa fica cada vez mais difícil. Isso impõe
às autoridades sanitárias de cada país reconhecer que não são mais
responsáveis apenas pela saúde da população local, mas também pela de
outros países”, disse. “Precisamos avançar na construção de realidades
que permitam a cada um dos países ter organismos independentes e que
consigam responder àquilo que é fundamental do ponto de vista da
vigilância e da saúde pública”, concluiu.
Edição: Graça Adjuto
Extraída: Agencia Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário