Nanotecnologia contra esquistossomose
Data de publicação:
29/11/2012
Uma nova tecnologia que associa nanopartículas ao medicamento Praziquantel, usado contra a esquistossomose, permitirá aumentar a eficácia do tratamento, com ingestão de doses menores. A tecnologia entrará em fase de testes no ano que vem. A produção de nanomateriais em escala industrial será realizada na nova fábrica da Coppe/UFRJ, a Planta Piloto de Polímeros, inaugurada em 26/10 e primeira no país a aplicar a técnica das micropartículas nas áreas de biotecnologia, medicina e farmácia.
Segundo a pesquisadora da Fiocruz Laís Bastos da Fonseca, responsável pelo desenvolvimento do trabalho, a polimerização possibilita que a droga passe pelo sistema digestivo e pelo fígado — onde normalmente se perdem 80% do medicamento — sem que seja absorvida ainda pelo organismo. A cápsula revestida com polímeros mantém a substância protegida até o momento em que ela ataca os parasitas. Por isso, podem ser utilizadas dosagens pequenas do Praziquantel, o que vai ajudar a reduzir também os efeitos colaterais. A documentação para os testes em animais e humanos já foi encaminhada à Anvisa.
As nanocápsulas poderão ajudar crianças, as mais atingidas pela doença. Hoje não há medicação para uso pediátrico, e por causa do tamanho e gosto ruim dos comprimidos, que devem ser tomados diariamente, há rejeição ao tratamento. Segundo a OMS, a esquistossomose é a segunda doença mais devastadora do mundo, do ponto de vista sócio-econômico, e mais de 800 milhões de pessoas vivem em áreas endêmicas.
Extraída: Radis Comunicação e Saúde
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