quinta-feira, 16 de maio de 2013

Congresso em PE discute casos de leishmaniose na América

Evento será no Centro de Convenções do Enotel, em Porto de Galinhas.

Brasil tem o maior número de casos da doença no continente americano.



Esta semana, Pernambuco recebe especialistas do Brasil e de outros países que vão discutir, durante o 5º Congresso Mundial de Leishmaniose, vários temas ligados à doença. Ela é transmitida pelo inseto Lutzomyia longipalpis, conhecido como mosquito-palha, e é dividida em dois tipos: leishmaniose visceral e leishmaniose tegumentar. O evento ocorre até sexta-feira (17) no Centro de Convenções do Enotel, em Porto de Galinhas, Litoral Sul do estado.
O Brasil é o país com o maior incidência da doença no continente americano. De acordo com o Ministério da Saúde, de 2006 a 2010, foram registrados, no país, 18.168 ocorrências de leishmaniose visceral. Em 2010, o Nordeste representou 47,1% dos casos, seguido pelas regiões Norte, com 18,%, Sudeste, com 17,8%, Centro-Oeste com 8,6% e o Sul com 0,1%.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, de 2001 a 2011, Pernambuco teve 1.224 casos da leishmaniose visceral, com 100 mortes. Mais de 50% das ocorrências foram registradas no Sertão e 37,9%, no Agreste. A Região Metropolitana do Recife e o litoral do estado somaram aproximadamente 10% dos registros.
As crianças de um a quatro anos foram as maiores vítimas nesse período. O tratamento da leishmaniose pode ser feito, de graça, nos centros de referência do Hospital Oswaldo Cruz e do Imip, ambos no Recife.

O pesquisador da Fiocruz Oswaldo Pompilho de Melo Neto explica que os sintomas da doença podem aparecer de diversas formas. "O [paciente com leishmaniose] visceral apresenta febre, dor no corpo, moleza. É uma doença sistêmica, o corpo fica debilitado. A tegumentar aparece através de uma ferida no corpo, nas áreas expostas onde o mosquito pica", disse. O mosquito transmissor da leishmaniose vive próximo a áreas de mata.

G1 PE

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