Como consequência dessa transformação, os
estados e municípios, muitas vezes, tiveram que buscar alternativas de
contratação dos novos trabalhadores, em função do constrangimento legal da Lei
de Responsabilidade Fiscal e sem orientações corretas e claras de como proceder
a essas novas exigências, sobretudo pelas características dos programas e pela
sua instabilidade administrativa e orçamentária. Assim sendo, os municípios
tornaram-se os principais responsáveis pela contratação de trabalhadores e pelo
gerenciamento dos serviços, utilizando, inclusive, parcerias com Organizações
Não Governamentais (ONGs) ou Organizações da Sociedade Civil de Interesse
Público (OSCIPs) e contratos com cooperativas. Com isso, surgiram problemas
associados à precarização dos vínculos de trabalho.
O trabalho precário em saúde tem sido
identificado como um obstáculo para o desenvolvimento do sistema público de
saúde. Essa questão compromete a relação dos trabalhadores com o sistema e
prejudica a qualidade e a continuidade dos serviços essenciais prestados pelo
SUS.
Diante dessa situação, este governo
entende ser importante o processo de desprecarização do trabalho em saúde com a
finalidade de implantar e concretizar uma política de valorização do
trabalhador.
O Ministério da Saúde, por meio da
Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES)/ Departamento
de Gestão e da Regulação do Trabalho em Saúde (DEGERTS), criou o Programa
Nacional de Desprecarização do Trabalho no SUS - DesprecarizaSUS, com o intuito
de buscar soluções para a precarização dos vínculos de trabalho nas três
esferas de governo.
Portal da Saúde - MS
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