Milton Rodrigues
Representantes do Ministério Público Estadual (MPE/AL), Secretarias Municipal e Estadual de Saúde e membros do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) apresentaram na manhã desta quinta-feira (12) o resultado das operações de fiscalização da Frente Preventiva Integrada (FPI Dengue) desenvolvida ao longo das últimas semanas.
As irregularidades foram avaliadas como muita preocupação pelo coordenador de Vigilância Epidemiológica (CVE) da Secretaria Municipal de Saúde(SMS), Celso Tavares. “A situação de Maceió requer que todos os pais de família se envolvam nisso, pois os resultados são arlamantes e mostra que estamos extremamente vulneráveis à dengue, ao escorpião e à leptospirose, e nós temos que fazer alguma coisa, pois não podemos permitir que nossa família sofra com a falta de cuidado da nossa cidade”, diz. A ação avaliou cerca de 80 lugares, onde foram encontrados focos com larvas do mosquito Aedes Aegypti em 70% dos casos.
Empresas e órgãos públicos foram o alvo da investigação. Em 30% delas foram encontrados a presença de ratos e escorpiões, além de agentes poluentes que comprometem o meio ambiente. A Secretaria Municipal de Saúde possui 600 lugares mapeados como de risco para a saúde e que vão ser visitados ao longo do tempo. “A fiscalização vai funcionar em dezembro também. Nós vamos incorporar isso a partir de agora ao nosso dia a dia, para que a saúde da população maceioense possa melhorar”.
Para o promotor do Núcleo de Proteção ao Meio Ambiente, Alberto Foseca, o índice de infestação está acima do aceitável. “Nós podemos observar um índice de infestação de mais de 70%, quando o aceitável é de 1%, isso preocupa e preocupa muito”, diz.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, Alagoas já registrou 10 mil casos da doença somente este ano. Cerca de 98% dos casos graves ocorreram em pessoas que foram contaminadas pela 2ª vez.
Ainda segundo o promotor, o que agrava esses dados é a falta de fiscalização dos órgãos ambientais. “Para citar um exemplo, você tem um combate que é realizado há 27 anos em locais com criadoros de Aedes Aegypti e sempre encontra foco. Para acabar com isso precisa-se exigir o cumprimento da lei. Os estabelecimentos foram notificados agora, ou seja, essa é a primeira chance para se legalizar”, diz.
A operação culminou na criação de um banco de dados que servirá de base para novas intervenções e que pode terminar em uma ação cívil pública responsabilizando o estabelecimento por danos causados ao meio ambiente. “Quem não se regularizar sofrerá sanções administrativas e criminais”, pontua o promotor.
fonte: Alagoas24horas
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