O prefeito Paulo Piau lembra que Uberaba tem uma deficiência
de 600 leitos e foi a cidade com maior número de mortes por dengue no Estado,
fato que ele atribui ao descaso com limpeza e com o lixo na cidade, por isso é
tão importante prevenir. “Um vaso sanitário velho jogado no meio do mato de um
terreno baldio é um ponto de infestação importante. Quantos desses nós vimos
pela cidade afora quando assumimos a Prefeitura?! Agora a população entendeu,
limpou e deu o seu recado, porque está aqui no índice do LIRAa. Isso não é
mérito apenas do poder público, mas também da comunidade. Então, queremos
agradecer, mas ao mesmo tempo pedir que a população continue assim. Enquanto
tiver chuva e calor temos que vigiar cada tampinha de garrafa no quintal ou na
porta de casa”, afirma.
O secretário da Saúde, Fahim Sawan, ressalta que entre as
estratégias adotadas para o combate à dengue estão a limpeza dos terrenos,
praças e ruas da cidade e a visitação contínua dos agentes de zoonoses, mesmo
durante a seca, bem como o trabalho dos agentes com bombas costais, fumacês e
bombas domiciliares. Além disso, a secretaria também prevê a construção de mais
sete Centros Especializados em Dengue (CEDs), que irão atender pacientes com
sintomas da doença com hidratação e cuidados necessários.
As cinco Unidades Matriciais de Saúde (UMS) receberão as
estruturas que funcionarão das 8h às 22h. Outra medida é a contratação de
médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem para recomposição do quadro de
profissionais das unidades e a contratação de agentes de combate a endemias.
Decreto emergencial, assinado pelo prefeito Paulo Piau na semana passada, abriu
60 vagas para novo processo seletivo.
O secretário lembra que outra medida implantada neste ano
foi o sistema de monitoramento do mosquito da dengue. O município contratou a
empresa Ecovec, por R$ 80 mil por mês, que atende à cidade com dois sistemas de
controle. O MI-Dengue (Monitoramento Inteligente da Dengue) faz a vigilância
diária e em tempo real da proliferação do mosquito Aedes aegypt através da
instalação de armadilhas a cada 200 metros da cidade que atraem e capturam a
fêmea do mosquito, mostrando onde há maior infestação e reincidências. Os
mosquitos são enviados a laboratório em Belo Horizonte que identifica o tipo de
vírus que o agente infeccioso carrega. Até o momento nenhum mosquito
contaminado foi capturado pelo equipamento.
O segundo sistema é o Dengue Report, um programa que mostra
quantos agentes epidemiológicos estão trabalhando e quantas casas estão sendo
visitadas. Eles possuem um smartphone que lê um código de barras, chamado QR
Code, que fica dentro das residências cadastradas, ou seja, já visitadas. O
programa também permite saber o número de casas fechadas ou impossibilitadas de
receber a visita dos agentes, cuja média mensal ainda é de 30%.
Fonte:jmonline.com.br
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