terça-feira, 22 de outubro de 2013

Para Piau, o descaso com limpeza fez cidade ser a 1ª em número de mortes

O prefeito Paulo Piau lembra que Uberaba tem uma deficiência de 600 leitos e foi a cidade com maior número de mortes por dengue no Estado, fato que ele atribui ao descaso com limpeza e com o lixo na cidade, por isso é tão importante prevenir. “Um vaso sanitário velho jogado no meio do mato de um terreno baldio é um ponto de infestação importante. Quantos desses nós vimos pela cidade afora quando assumimos a Prefeitura?! Agora a população entendeu, limpou e deu o seu recado, porque está aqui no índice do LIRAa. Isso não é mérito apenas do poder público, mas também da comunidade. Então, queremos agradecer, mas ao mesmo tempo pedir que a população continue assim. Enquanto tiver chuva e calor temos que vigiar cada tampinha de garrafa no quintal ou na porta de casa”, afirma.

O secretário da Saúde, Fahim Sawan, ressalta que entre as estratégias adotadas para o combate à dengue estão a limpeza dos terrenos, praças e ruas da cidade e a visitação contínua dos agentes de zoonoses, mesmo durante a seca, bem como o trabalho dos agentes com bombas costais, fumacês e bombas domiciliares. Além disso, a secretaria também prevê a construção de mais sete Centros Especializados em Dengue (CEDs), que irão atender pacientes com sintomas da doença com hidratação e cuidados necessários.

As cinco Unidades Matriciais de Saúde (UMS) receberão as estruturas que funcionarão das 8h às 22h. Outra medida é a contratação de médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem para recomposição do quadro de profissionais das unidades e a contratação de agentes de combate a endemias. Decreto emergencial, assinado pelo prefeito Paulo Piau na semana passada, abriu 60 vagas para novo processo seletivo.

O secretário lembra que outra medida implantada neste ano foi o sistema de monitoramento do mosquito da dengue. O município contratou a empresa Ecovec, por R$ 80 mil por mês, que atende à cidade com dois sistemas de controle. O MI-Dengue (Monitoramento Inteligente da Dengue) faz a vigilância diária e em tempo real da proliferação do mosquito Aedes aegypt através da instalação de armadilhas a cada 200 metros da cidade que atraem e capturam a fêmea do mosquito, mostrando onde há maior infestação e reincidências. Os mosquitos são enviados a laboratório em Belo Horizonte que identifica o tipo de vírus que o agente infeccioso carrega. Até o momento nenhum mosquito contaminado foi capturado pelo equipamento.

O segundo sistema é o Dengue Report, um programa que mostra quantos agentes epidemiológicos estão trabalhando e quantas casas estão sendo visitadas. Eles possuem um smartphone que lê um código de barras, chamado QR Code, que fica dentro das residências cadastradas, ou seja, já visitadas. O programa também permite saber o número de casas fechadas ou impossibilitadas de receber a visita dos agentes, cuja média mensal ainda é de 30%.

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